Adoráveis Mulheres completa 5 anos: Como a direção de Greta Gerwig reinventou um clássico literário
Reprodução: Google Imagens

Adoráveis Mulheres completa 5 anos: Como a direção de Greta Gerwig reinventou um clássico literário

Em abril de 2025, o aclamado filme Adoráveis Mulheres (Little Women), dirigido por Greta Gerwig, completou cinco anos desde sua estreia mundial, e ainda hoje é lembrado como uma das adaptações literárias mais sensíveis e inovadoras da última década. Baseado no romance clássico de Louisa May Alcott, o longa lançado no início de 2020 conquistou público e crítica por sua abordagem fresca, estética deslumbrante e uma estrutura narrativa ousada, que reimaginou uma história conhecida sob uma nova luz.

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A reinvenção de um clássico

Ao invés de seguir a linha cronológica do livro, Gerwig optou por uma narrativa não-linear, intercalando passado e presente de forma emocionalmente inteligente. A diretora costura os momentos da vida das irmãs March (Jo, Meg, Beth e Amy) com paralelos visuais e temáticos, criando uma experiência cinematográfica envolvente, capaz de ressignificar a história até mesmo para leitores veteranos da obra.

Essa escolha narrativa deu mais profundidade aos arcos individuais das personagens, principalmente o de Jo March (Saoirse Ronan), cujo dilema entre liberdade criativa e convenções sociais ganhou novo fôlego em tela.

Estética e sensibilidade

Visualmente, Adoráveis Mulheres é um deleite. A direção de arte e o figurino, indicados ao Oscar, reforçam o contraste entre o calor do passado e a melancolia do presente, realçado por uma paleta de cores cuidadosamente planejada. A fotografia suave e a trilha sonora de Alexandre Desplat completam a atmosfera nostálgica, porém moderna, do filme.

Greta Gerwig também trouxe um olhar feminino potente para a obra, destacando o subtexto feminista do livro original e inserindo reflexões contemporâneas sobre o papel da mulher na literatura, na arte e na sociedade.

Um elenco que brilhou

O elenco de Adoráveis Mulheres foi outro grande trunfo. Além da já mencionada Saoirse Ronan, a produção contou com Florence Pugh (Amy), Emma Watson (Meg), Eliza Scanlen (Beth) e Laura Dern como Marmee. Timothée Chalamet, como Laurie, também conquistou corações (e críticas positivas) ao entregar um dos personagens mais complexos e carismáticos da trama.

A performance de Florence Pugh, inclusive, foi um dos grandes destaques, elevando uma personagem muitas vezes incompreendida nos livros a um dos pilares emocionais do filme.